A ideia de transformar o comércio tradicional em Turismo de Compras consolida-se cada vez mais como um segmento de grande importância para o setor, capaz de motivar o deslocamento de um enorme número de turistas.
Desde a antiguidade, o que hoje conhecemos como "turismo de compras" exerce uma função de extrema importância para o homem. A partir do Século XVII, com o surgimento das primeiras cidades européias, muitas pessoas passaram a se deslocar das regiões mais interioranas a fim de comprar os mais diversos produtos nesses grandes centros comerciais em ascensão. Já no Século XV, por sua vez – época das grandes navegações intercontinentais –, portugueses e espanhóis atravessavam os oceanos em pequenas embarcações à vela com o objetivo de adquirir especiarias nas grandes e remotas feiras do Oriente.
Hoje em dia, as viagens executadas com esta finalidade tornaram-se também excelentes oportunidades de lazer, pois os consumidores, ao buscarem pólos especializados em determinados produtos, acabam encontrando nos destinos almejados uma infinidade de roteiros que conjugam as compras com os mais diversos tipos de atrativos e serviços ligados ao turismo. Logo, o reflexo positivo de tal estratégia costuma ser rapidamente percebido pelas localidades que investem neste segmento como alavancador do desenvolvimento turístico local.
Nesse sentido, o Turismo de Compras no Brasil vem acompanhando a tendência internacional e adquirindo uma importância cada vez maior para a economia dos destinos. Afinal, trata-se de uma atividade capaz de estimular vários setores da cadeia produtiva ao mesmo tempo – gerando impostos e divisas, incrementando a oferta de empregos (nos setores primário, secundário e terciário), estimulando o desenvolvimento da indústria e do artesanato, aumentando a qualificação da mão-de-obra local, e diminuindo a sazonalidade.
Assim, com a geração de novos empregos, com a entrada de divisas e com o desenvolvimento de todos os setores econômicos, o Turismo de Compras normalmente enseja uma melhoria bastante significativa nas condições sócio-econômicas das populações nos destinos receptores.
Turismo de Compras no Brasil
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Atualmente existem vários roteiros de Turismo de Compras espalhados por todo o território nacional, de modo que este segmento transformou-se em uma realidade pungente no País.
Além de São Paulo, é claro, que é hoje a maior referência brasileira nesta atividade, um dos grandes destaques nacionais como pólo de Turismo de Compras é a região da Serra Fluminense – onde o Projeto Tour da Experiência vem desenvolvendo suas atividades desde o início do ano. Uma área extremamente rica em história e cultura, repleta de belezas naturais, mas que também atrai visitantes de todo os lugares em busca de produtos com alta qualidade, sobetudo aqueles relacionados à indústria têxtil.
Em primeiro lugar, Nova Friburgo – conhecida como a capital nacional da langerie – abriga em seu território confecções dos mais variados portes, atraindo turistas provenientes de todo o País à procura de suas famosas peças íntimas, encontradas principalmente ao longo da Ponte da Saudade e no bairro de Olaria. Além disso, a cidade é conhecida também pela qualidade do seu mel, de suas geléias e dos ilustres queijos de leite de cabra. Isso sem falar no artesanato em lã e linha, distribuído em diversos pontos da cidade.
Já em Teresópolis, quando o assunto é compras, todas as atenções se voltam para a Feirinha do Alto, que acontece nos finais de semana e ocupa toda a praça Higino da Silveira, reunindo mais de 800 expositores de artesanato, roupas de lã, móveis, bijuterias e doces caseiros. Fora isso, a cidade oferece muitas outras opções para os compradores, tais como suas belíssimas e raras orquídeas e seus doces exuberantes.
Por fim, chegamos à cidade de Petrópolis, onde fazer compras é uma programa obrigatório para os visitantes. É lá que os turistas podem encontrar as últimas novidades em roupas e acessórios, concentradas principalmente em dois grandes pólos de moda. O mais tradicional é o da Rua Teresa, um verdadeiro shopping a céu aberto nos arredores do Centro Histórico, com dois quilômetros de vitrines repletas de roupas e acessórios. Já no bairro do Bingen, um pouco mais afastado, há diversos shoppings espalhados pela rua Paulo Hervê.
Em resumo, podemos dizer que o Turismo de Compras é um segmento cada vez mais importante não só para a Serra Fluminense, mas para todo o Brasil, pois oferece uma vasta gama de oportunidades a serem exploradas, principalmente em relação à demanda de visitantes internacionais. Entretanto – no que tange ao Projeto Tour da Experiência –, nos resta descobrir como transformar esses passeios comerciais em experiências inesquecíveis para os turistas. Afinal, como sabemos, é isso que todos buscam: seja fazendo compras ou apenas passeando, o que todos querem é experimentar vivências inesquecíveis!
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